Resenha — Lonely Hearts Club


“Love was such an easy game to play...”

Elizabeth Eulberg,
Editora Intrínseca

Se você gosta de música e procura por um romance leve, doce e encantador Lonely Hearts Club é o livro certo.
Penny sofreu uma decepção amorosa. O cara que ela sempre gostou não parece mais ser tão perfeito como ela imaginava. Cansada de sofrer e ser ludibriada, Penny afoga todas as suas mágoas escutando sua banda favorita – Beatles. E foi justamente dos Beatles que Penny tirou a ideia de fundar o Lonely Hearts Club – um clube onde é a única afiliada e a regra alfa é: nada de garotos.
Mas parece que não é só Penny que cansou de sofrer e ser enganada por meninos e que não gosta de ver suas amigas mudarem para agradarem os mesmos. De repente ela não é mais a única afiliada do Lonely Hearts Club, pelo contrário, dezenas de garotas que se sentem assim juntam-se a ela, o que causa muito alvoroço na escola McKinley. Mas será que nenhum garoto vale o risco? Será que Penny deveria julgar todos, sendo que apenas um idiota a magoou?
A obra é escrita em primeira pessoa, o que nos faz observar como Penny se sente e seus pensamentos em relação aos acontecimentos, além de nos envolver bem mais à estória. A leitura é bem fluida, já que a autora usa uma linguagem bem simples e a estória é muito bem elaborada, sem deixar fios soltos.
Vendo assim em resenhas, você até pode imaginar que o Lonely Hearts Club seria mais parecido com um Clube da Luluzinha de garotas loucas pelos Beatles, mas não é bem assim. A estória vai bem mais além do que uma garota que se revoltou contra o mundo do sexo oposto; foca bastante no tema amizade e família e de como precisamos de alguém que sempre esteja lá para nos apoiar em meio as crises da vida, além de mostrar o amadurecimento da personagem no decorrer dos acontecimentos e nas mudanças de opiniões a que estamos expostos. As lições empregadas pelo Lonely Hearts Club faz com que qualquer um tenha vontade de ter um clube e amigas como a de Penny.
Algo que me surpreendeu foi como os Beatles foram tratados na obra. Eu pensei que seria algo mais expressivo e temia que tudo o que a autora escrevesse soasse como uma grande piada interna, já que eu não me interesso em saber mais sobre a banda. Mas o que se mostrou foi a genialidade da autora em falar sobre os Beatles de maneiras e situações estratégicas, fazendo com que nenhuma pessoa se sinta perdida e todos compreendam a mensagem empregada – desde o fã até o leigo, como eu. O projeto gráfico é todo inspirado na banda e é um dos mais lindos que já vi, exceto pela frase de Stephanie Meyer sobre o livro que foi colocada bem na capa, o que, pessoalmente, se mostrou mais apelativo do que uma tentativa de marketing.
A Editora Intrínseca fez uma ótima escolha lançando Lonely Hearts Club no Brasil. Foi uma aposta nova, já que ao livros lançados pela editora seguem outro gênero. O livro é ótimo, então vale a pena ter em casa. Não é uma estória que vá mudar o mundo, mas com certeza vai te garantir boas risadas e alguns momentos de reflexão sobre amizade, amor e o que realmente vale a pena na vida.

“Eu não iria reescrever a história, só estava lembrando a mim mesma de que era capaz de me recuperar de uma decepção amorosa, se acontecesse de novo.
...Eu vou me recuperar.
É, eu iria me recuperar. Poderia colocar meu coração em risco e me recuperar, e tudo o que me fizesse sofrer, no fim, só me deixaria mais forte.”


Ouça a música que inspirou Penny:


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