Semana John Green: Dia 4 - A Culpa é do John Green


*pausa para o choro* 





   Eu tentei, juro que tentei, fazer um vídeo falando mais sobre A Culpa é das Estrelas e seu significado para mim. Mas, dude, foi difícil até fazer uma resenha, quanto mais isso. Os sentimentos vinham, mas as palavras não acompanhavam; eles rolavam como uma bola de neve e elas foram derrubadas. Desculpe, mas "meus pensamentos são estrelas que não consigo arrumar em constelações."
   Mas vou tentar (então, por favor, reconheçam meu esforço). 
  “Às vezes, um livro enche você de um estranho fervor religioso, e você se convence de que esse mundo despedaçado só vai se tornar inteiro de novo a menos que, e até que, todos os seres humanos o leiam. E aí tem livros [...] do qual você não consegue falar - livros tão especiais e raros e seus que fazer propaganda da sua adoração por eles parece traição.”
   Para Hazel, o maior livro da história é Uma Aflição Imperial. Não é nem porque o livro é bom nem nada, mas porque o autor a entende das maneiras mais improváveis possíveis. E ACEDE é assim em relação a mim. E a muitos outros. Parece que o John passou um ano stalkeando as pessoas que foram igual e profundamente afetadas para as informações que conseguisse, usasse no livro. Ele usou as palavras certas, colocou tudo da forma mais cruelmente incrível e sacudiu nosso mundo e, claro, nossos pequenos infinitos.
   Mas quero falar sobre a minha experiência de ter lido A Culpa é das Estrelas
   Conheci o John Green quase que por acaso, através dos seus leitores em um site de chat internacional. Quando eu pedia indicações de livros, 9 entre 10 indicavam algum livro do John. Ok. Um mês depois a Intrínseca lança ACEDE e eu ficava cada vez mais apaixonada com cada post da ação #CulpaDoJohnGreen. Surgiu a oportunidade de ter meu exemplar em mãos e enquanto lia, ele ficava cada vez mais afogado em lágrimas - assim como Hazel ficou afogada nos próprios pulmões ou como a Holanda deveria estar totalmente afogada agora. 
  Sabe a sensação de ler personagens totalmente parecidos com você? Isso assusta e surpreende demais um leitor. John elabora muito bem os seus personagens e não te dá outra alternativa a não ser amá-los. Não porque eles são perfeitos - longe disso -, mas exatamente porque têm os mesmos defeitos, sonhos, esperanças e  desejos que você. Foi nisso que ele me pegou. Eu não te dei o direito de colocar minha vida nos seus livros, John! 




   E ele é tão cruel! Why you gotta be so mean, John? Há momentos em você ri, mas logo se sente culpado por isso. D:

"Mas só digo uma coisa: quando os cientistas do futuro aparecerem na minha casa com olhos robóticos e me disserem para experimentá-los, vou mandar eles se foderem, porque não quero ver um mundo sem o Augustus. "

"Não contei que o diagnóstico veio três meses depois da minha primeira menstruação. Tipo: Parabéns! Você já é uma mulher. Agora morra. "



   Não posso colocar em palavras quantas vezes eu repeti no fundo da minha mente "Eu te entendo!" enquanto lia. Eu também era uma granada, também tinha medo do esquecimento, também me apaixonei do jeito que alguém cai no sono - gradativamente e de repente e, depois, de uma hora pra outra -, também era um balanço extremamente solitário que precisava de um lar amoroso, também já falei "okay" ao telefone, também usei um cigarro como metáfora (minha foto no blog), também tinha como objetivo deixar uma marca no mundo e - droga - até meu sobrenome é Holanda! De todos os países do mundo, logo a Holanda!
    Aliás, que coisa mágica essa viagem deles para a Holanda! Que percepção poética sobre o champanhe! "É como beber estrelas." Na segunda, quando começou a Semana John Green, foi meu aniversário e meus amigos prepararam uma surpresa para mim. Vieram aqui, comemoramos a data e tudo mais. Uma amiga minha, que sente o livro da mesma forma que eu, me deu um presente muito especial. Qual era? Champanhe! Para beber estrelas. Isso foi mágico. *-*
   Acho que com isso dá para entender o tamanho do infinito de emoções que esse livro me proporcionou e, se tem um coisa que eu aprendi, é que alguns infinitos são maiores que outros. Esse é enorme. John pegou meu coração com cuidado apenas para despedaçar em pequenos pedacinhos patéticos. Mas, John, foi um privilégio ter meu coração partido por você. 


   Aprendi que o universo quer ser notado; que amar é manter as promessas que fazemos de qualquer forma; que não dá pra escolher se você vai ou não se ferir nesse mundo, mas é possível escolher quem vai feri-lo; que a tristeza não nos muda, ela nos revela; que a vida é uma montanha-russa que só vai parar cima; que podemos colocar significados infinitos dentro de uma palavra, de um livro, de uma música, de um "ok". Enfim... "Você me deu uma eternidade dentro dos nossos dias numerados, e sou muito grata por isso", John Green. 

   Uma amiga me mandou essa música que foi inspirada em ACEDE e, oh my, quantas vezes chorei escutando ela! Pode até parecer engraçado, mas há momentos em que estou na escola, coloco essa música e ficamos eu e outra amiga escutando e as lágrimas fluem tão facilmente. Não é só por causa da música, mas sim porque lembramos de cada parcela desse infinito que o John nos proporcionou, de cada momento em que mesclamos aquela história com a nossa, como ele nos entendeu, nos leu e não o contrário. 



    Acho que não consigo falar mais do que isso... "As pessoas sempre acabam ficando insensíveis à beleza", mas eu não quero ficar indiferente a tudo o que esse pequeno infinito significa para mim. Ele ficará comigo sempre sempre sempre e sempre, ok? Ok.

5 comentários:

  1. #emocionada. Você falou de mim no post. :')

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  2. Amei seu texto!
    Não sei se você tem esse poder, mas em algumas partes do texto parecia que você estava lendo meus pensamentos!

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  3. Eu to meio receosa de ler esse livro por medo de me emocionar muito, mas acho que vou dar uma chance a ele mesmo assim! Sua resenha está ótima!

    Mariana - http://bolinhosliterarios.blogspot.com.br/

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  4. A Culpa é das Estrelas é MUITO AMOR! <3 Foi o primeiro livro que li do John Green e me apaixonei! :)
    Ótimo post!

    Beijos!
    www.desejoliterario.com

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  5. Meu Deus!!! Que resenha perfeita, você conseguiu escrever praticamente tudo o que eu senti e pensei quando acabei de ler o livro! Melhor post sobre o livro que eu ja vi!! Você tem o dom da escrita menina, parabéns!!!!!

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