Eu sou o número quatro
Pittacus Lore
Editora Intrínseca
Ação. Coragem. Lealdade. Amor. Eu sou o número quatro, primeiro livro da trilogia Os legados de Lorien, é um majestoso misto de sensações que levam o leitor muito além das páginas.
Narrada em primeira pessoa no presente - o que já a diferencia do trivial - e com frases curtas, a obra conta a estória do Número Quatro, agora com sua nova identidade, John Smith, que é uma das crianças do destruído planeta Lorien.
Com seu planeta invadido pelos Mongadorianos (outra raça alienígena), seus habitantes, os Lorienos, travaram uma sangrenta guerra contra os invasores, ao mesmo passo que protegeram 9 crianças da raça protetora do planeta, chamada Garde, em uma nave fora de sua órbita. Essas crianças, à medida que crescem, desenvolvem seus legados, que são algo como poderes especiais feitos principalmente para a proteção de Lorien.
Com a aniquilação total do planeta e nenhum lar, resolvem fazer morada na Terra junto com seus guardiões - os Cêpans -, sabendo que viverão o resto de suas vidas escondendo-se, pois os Mongadorianos não concluiram sua missão de destruir toda a raça do planeta. Chegando à Terra, se separam, sempre trocando de identidade e precisam ser passados despercebidos. Antes de sua partida um feitiço foi feito para unir as nove crianças. Cada um tem um número e só podem ser mortos em sequência. Todos sentem a morte dos anteriores, pois surgem cicatrizes no corpo dos restantes. 3 morreram. John é o número quatro.
Paradise, Ohio, é uma simples cidade pequena, como tantas outras que Quatro passara. Agora chamado John Smith percebe que sua nova cidade não é tão medíocre quanto imaginou. Agora é seu lar - tudo que sempre quis - e é lá que sua vida mudará para sempre. Lá também é o lar de Sarah Hart, sua paixão. Algo que não seria tão preocupante se os Lorienos não se apaixonassem apenas uma vez na vida, o que dura a vida toda. John se deixará levar pela paixão mesmo enfrentando uma guerra entre mundos que também envolve a aniquilação da Terra? John poderá ter uma vida normal?
Algo que me surpreendeu na narrativa foi o equilíbrio entre o perigo sempre presente e o amor entre os personagens. Não falo apenas do romance entre Sarah e John, mas também do amor entre John e seu Cêpan Henri e lealdade ao seu planeta, sem esquecer do incrível Bernie Kosar e do sempre leal Sam. Na verdade a trama toda gira em torno do amor, o que é algo maravilhoso levando em consideração a genialidade na elaboração da estória, sendo ficção científica. Falando assim até parece que é uma estória bem bobinha, mas não. É uma das obras mais fascinantes que li. Muita ação, aventura e porrada. É perfeito!
Como se não bastasse todos os pontos positivos da obra, o autor usa o codinome Pittacus Lore que na obra é um dos anciãos do planeta Lorien e afirma, no início do livro, que a estória escrita é real, o que dá um toque de mistério e curiosidade logo no início da leitura.
Eu sou o número Quatro teve uma adaptação para cinema feita pela Disney. É boa até, mas não tem o mesmo impacto do livro. Um ponto positivo na adaptação é a incrementação da estória do pai de Sam, que no livro é bem vaga.
Como assisti ao filme antes de ler o livro, demorou um pouco para me animar de verdade com a estória, já que as primeiras 150 páginas são iguais ao filme, portanto não teve nada além do esperado. Mas após essas 150 páginas, um mundo novo lhe é apresentado.
Cenas de ação perfeitas. Lealdade apesar de tudo. Incrível força do amor. A busca de um lar.
Eu sou o número Quatro (tanto livro quanto filme) são obras imperdíveis para você que ama ação com um recheio de romance.
Ah, e nunca se esqueça de ficar atento ao seu vizinho - ele pode ser um alien.
“Não perca a esperança, ainda. Ela é a última coisa que se vai. Quando você a perde, já perdeu tudo. E quando você pensa que está tudo perdido, quando tudo é sinistro e sombrio, sempre há esperança.”
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